Vídeo mostra suspeitos tentando aplicar golpe do ‘chupa-cabra’ e do atendimento falso em banco

De acordo com a polícia, o golpe consiste em instalar um “chupa-cabra” no caixa eletrônico — um dispositivo encaixado em cima do espaço de inserção do cartão, de forma que ele fique preso e não consiga ser inserido.

Com o cartão preso, os clientes do banco vão precisar procurar ajuda. Para finalizar o golpe, os criminosos também colam no caixa de autoatendimento um adesivo com um falso número da central de atendimento ao cliente. Esse contato, na verdade, direciona para outros integrantes da quadrilha.

Para garantir que a vítima veja o adesivo com o falso número, os golpistas ficam nos caixas ao redor, fingindo que estão utilizando. Quando veem o cliente com dificuldade, apontam para o adesivo e orientam ligar para aquele número.

“[Os criminosos] fingem que estão usando o caixa eletrônico e, quando a vítima vê a situação de dificuldade com o cartão travado, eles falam para ligar, que vai ser resolvido. Mas, quando ligam, caem no golpe no estelionato”, explicou o tenente Cleiton Rocha, responsável pela ocorrência.

Na ligação, os outros integrantes da quadrilha pedem os dados bancários da vítima, incluindo senhas, e “fazem a limpa” na conta — muitas vezes retirando e utilizando, inclusive, o cartão que ficou preso no caixa.

Um policial à paisana estava na agência durante a tentativa de aplicação do golpe deste sábado e estranhou a movimentação. Ele acionou os militares e conseguiu impedir que um idoso de 70 anos, abordado pelos criminosos, fosse vítima da quadrilha.

A dupla foi presa em flagrante e os policiais constataram que se tratam de “golpistas profissionais”, que atuam na área há 10 anos. Um deles tem quinze passagens por estelionato.

A orientação das autoridades e dos próprios bancos é desconfiar sempre que uma transação em um caixa eletrônico de autoatendimento der erro. Antes de procurar ajuda, é importante certificar que o contato está sendo feito em canais oficiais do banco.

“A pessoa tem que ficar muito atenta e pode ligar 190 ou 181 que a polícia está à disposição para ajudar”, complementa o tenente.

O g1 procurou o Santander e aguarda retorno.