Promotor e procurador trocam socos e insultos em academia de prédio, e um deles vai parar no hospital: ‘corno e zarolho’
Um procurador e um promotor de Justiça, ambos do Ministério Público, se desentenderam na sala de musculação da academia. A confusão começou após um falar mal do outro em uma reunião de condomínio.
Por Rodrigo Salgado, Luiz Cisi, g1 Minas e TV Globo — Belo Horizonte
Briga de condomínio termina com procurador em hospital
Uma briga entre um procurador e um promotor do Ministério Público de Minas Gerais, na academia de um condomínio de luxo, terminou com um deles hospitalizado.
De acordo com o registro policial, o promotor Mario Konichi, de 51 anos, e o procurador Geraldo Ferreira, de 61, se desentenderam na sala de musculação. A confusão foi na última terça-feira (25), no bairro Santo Agostinho, Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Ambos deram uma versão sobre o ocorrido, e nas duas situações, a confusão começou após um falar mal do outro em uma reunião de condomínio.
Ameaças
O promotor Konichi afirmou aos militares que o procurador foi tirar satisfações sobre a suposta fofoca na reunião com demais moradores. O procurador Ferreira teria chamado o promotor de corno, enquanto debochava da sua estatura.
Mario Konichi disse, ainda, que Geraldo Ferreira o ameaçou dizendo que lhe daria “um tiro”, em seguida, os dois trocaram socos.
Já o procurador deu uma outra versão à polícia, e afirmou que o promotor o encarava com frequência, e ele não entendia o motivo.
Disse, ainda, que o vizinho o chamou de “zarolho”. O procurador sofreu escoriações, após socos e mordidas, e foi levado a um hospital particular da capital.
O g1 entrou em contato com a defesa dos dois e aguarda retorno. A Polícia Civil disse que o caso foi encaminhado para o próprio MPMG.
Em nota, o MPMG disse que “não tem informação sobre o episódio mencionado, por se tratar de questão de foro pessoal dos envolvidos”.
O órgão completou que Geraldo Ferreira é procurador de Justiça, mas não atua junto ao gabinete da Procuradoria-Geral de Justiça.
Já Mário Konichi atuou na 18ª Promotoria de Justiça-Defesa dos Direitos Humanos, Apoio Comunitário, Conflitos Agrários, Fiscalização das Atividades Policiais da Comarca de Belo Horizonte, até maio deste ano.
Caso foi registrado próximo à Praça Carlos Chagas, mais conhecida como Praça da Assembleia (foto ilustrativa) — Foto: Antônio Rodrigues/PBH
Atritos antigos
De acordo com conhecidos da dupla, este não foi o primeiro episódio de atrito entre eles. Em 2018, eles brigaram por causa do posicionamento de uma câmera de segurança na garagem do prédio.
Mario Konichi era síndico na época e Geraldo Ferreira questionou por qual razão a “câmera apontava exclusivamente” para a vaga dele.
O promotor comunicou para todo o condomínio sobre o “questionamento ofensivo” do procurador, que negou qualquer tipo de insulto.
O procurador entrou na justiça por danos morais contra o promotor após essa divulgação da carta, mas acabou sendo arquivado.
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