Empresário que dirigia Porsche vira réu por homicídio doloso; passageiro morreu no acidente

Rodrigo Rodrigues Andrade Chiatti é acusado de provocar acidente que matou o amigo e passageiro, Cayke Pelegrino Tavares, em Belo Horizonte, em dezembro de 2023. Chiatti foi indicado por homicídio doloso, embriaguez ao volante e falta de habilitação.

Porsche bateu em alta velocidade em uma árvore — Foto: Reprodução/TV Globo

A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público e determinou que o empresário Rodrigo Rodrigues Andrade Chiatti se torne réu por homicídio qualificado no processo que apura a morte de Cayke Pelegrino Tavares, em dezembro de 2023.

Chiatti dirigia um Porsche em alta velocidade na Avenida Barão Homem de Melo quando o veículo bateu em uma árvore, na altura no bairro Estoril, Região Oeste de Belo Horizonte. O carro ficou destruído, o passageiro morreu e o motorista ficou ferido (relembre o caso abaixo).

A decisão é do juiz Roberto Oliveira Araújo Silva do Tribunal do Júri – 2º Sumariante da Comarca de Belo Horizonte. A ordem judicial foi expedida no dia 17 de junho deste ano.

Em nota, o advogado do réu, Maurício Lopes, informou que “Rodrigo Chiatti lamenta profundamente o ocorrido. No curso do processo, irá esclarecer os fatos, demonstrando sua inocência. Por ora, cumpre rigorosamente as determinações que lhe foram impostas pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais”.

Indiciamento

Chiatti foi indiciado pela Polícia Civil por homicídio doloso, embriaguez ao volante e falta de habilitação. Em dezembro de 2023, ele dirigia o carro de luxo e provocou o acidente que matou amigo e passageiro do veículo, Cayke, que tinha 32 anos.

As investigações comprovaram que Rodrigo Chiatti dirigia a 250 km/h na Avenida Barão Homem de Melo, cujo limite de velocidade é 60 km/h. O empresário também estava sem a carteira de habilitação desde 2012. Ela já tinha sido flagrado dirigindo sem habilitação por outras quatro vezes.

Garrafa de bebida

Câmera de segurança registra momento do acidente com Porsche

O empresário passou cerca de quatro horas no Clube Chalezinho, boate da Região Oeste de Belo Horizonte. Na comanda de Rodrigo Chiatti havia várias cervejas e drinques. A Polícia Civil apurou imagens que mostram que ele também comprou uma outra garrafa de bebida antes de entrar no carro.

Na época, ele foi preso em flagrante e, em uma audiência de custódia, a Justiça manteve a prisão e a converteu para preventiva. No entanto, a defesa do réu entrou com recurso de habeas corpus pedindo para que o empresário cumprisse penas alternativas.

A Secretária de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) afirmou que o empresário cumpre medida cautelar com tornozeleira eletrônica desde 29 de dezembro de 2023.

De acordo com a Polícia Civil, somadas, as penas podem chegar até 24 anos de cadeia.

LEIA MAIS: